antigaajdjn

2013 palavras 9 páginas
1) o ofício do historiador de antiguidade, a sua relação com as fontes e o produto de sua pesquisa
Em primeiro lugar, para entender e conceituar história Antiga e seus estudiosos, é necessário abordar questionamentos relacionados à cientificidade da história de um modo geral. O que é história científica? O que ela estuda? Para Guarinello, o objeto da história não é real, no sentido de ser uma "coisa", algo que possa ser definido dentro de limites espaciais, cronológicos e conceituais. A história científica, opera com formas, que são necessárias para que os historiadores deem algum sentido "real" ao passado. Mas os historiadores não narram ou mesmo reconstroem o passado tal qual ele foi, pois o passado é inacessível e o único acesso ao passado é por meio do presente. Isso se daria por meio de objetos, textos ou recordações de "sobreviventes" do passado a ser estudado, que apesar de poderem ser tratados como documentos, suas memórias não representam um retrato 100% fiel da realidade, já que não são o passado em si. Realidades que não deixaram nenhum vestígio estão totalmente distantes e perdidas, sempre serão desconhecidas.
No ofício do historiador, o de antiguidade e todos os outros, existe a prática da generalização. Uma dessas formas de generalização é definir períodos específicos como tendo características comuns, de forma que os documentos produzidos na mesma época sejam relacionados uns aos outros e comparados. A outra forma de generalização é definir uma cultura ou sociedade de forma que documentos atribuídos à mesma sociedade ou cultura possam ser relacionados entre si. No artigo de Guarinello "A morfologia da História", o exemplo da noção de "agricultura romana" é dado. "A agricultura romana é um caso entre tantos de uma pequena forma ou contexto, que permite aos historiadores conectar diferentes tipos de informação: textos remanescentes dos escritores agrícolas romanos, que escreveram em períodos totalmente diferentes e com propósitos distintos (...),

Relacionados