ANTI MANUAL DE CRIMINOLOGIA

4-. ABERTURA CRIMINOLÓGIA

A análise do estatuto científico do direito e, particularmente, das ciências criminas é interessante pois permite algumas conclusões preliminares á discussão sobre os limites entre ciências e artes, que é a própria discussão sobre fronteiras entre ciências: (1ª) As Disciplinas Dogmáticas, como a ciência jurídica, não apenas são hermeticamente fechadas á artes ( e a todo conhecimento considerado vulgar), como são autorreferentes, produzem conhecimentos e operam voltadas para si mesmas e (2ª) as poucas disciplinas dogmáticas que se abrem á interdisciplinaridade, como no caso das ciências jurídico-penais em geral da criminologia em particular, não necessariamente romper com o dogmatismo, prevalecendo a tendência de a interação conformar novo sistema dogmático, disciplinando aquilo que pretendeu ser interdisciplinar. Nas Ciências criminas, notadamente na criminologia, a superação do fechamento narcísico que (a) fomenta a criação de novas dogmatizações e especializações após a intersecção com outras disciplinas e (b) impede diálogo com a arte e outras manifestações heréticas somente seria possível a partir do radical abandono da vontade de sistema (vontade de verdade), própria das epistemológicas modernas. Em decorrências de predisposição histórica da criminologia á abertura e ao diálogo com as demais ciências, fundamental, para superar a tendência á dogmatização, descobrigar-se do rótulo da cientificidade- sobretudo porque ‘a’ ciência não existe - , vizualizando a investigação criminológica como construção de campos de saber( es ) voltado(s) ao debate sobre formas e os mecanismo de criminalização e de controle social.

Eximir-se da pretensão de verdades definitivas e exortar as unidades totalizantes próprias dos projetos da modernidade aparecem, pois como pressuposto para o saber criminológico contemporâneo. Assim, se há necessidade de desenvolvimento de saber crítico que integre dogmática penal ( direito penal e