Anotações sobre Geertz

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1. Acerca da fragmentação do mundo contemporâneo, o que Geertz tem a nos dizer?

De acordo com Geertz, o panorama mundial está ficando cada vez mais global e mais dividido. Mais interligado e, ao mesmo tempo, compartimentalizado. O desenvolvimento da tecnologia propicia e torna mais evidente e integração pela qual o mundo está passando. Pequenos choques, conflitos e alterações em lugares geograficamente distantes podem ser sentidos em todo o planeta – até o mercado financeiro oscila de acordo com as ordens dos atores envolvidos no cenário mundial. O que acontece em Nova York ou no Sri Lanka atravessa o planeta em questão de segundos, ou seja, cada mudança local agora é sentida como global.
Curiosamente, não são apenas as notícias que são globais – empresas também o são, bem como o capital. As próprias pessoas adquirem a alcunha de globais, uma vez que se movem conforme a necessidade dita. Essa interconexão cria interdependência. No entanto, não se pode dizer que não existem fronteiras.
A aparente integração dessa “aldeia global” é fraca, porque continuam existindo grupos que se localizam e identificam dentro de uma cultura singular. Demarcar os territórios destas culturas, entretanto, não é uma tarefa fácil. A antropologia, de acordo com Geertz, tem encontrado dificuldades para lidar com a questão. Segundo o autor, deve-se buscar compreender a realidade desse mundo intrincado e diverso, uma vez que mesmo com a globalização dos mercados industrial, financeiro e tecnológicos, as culturas persistem em sua diversidade: “quanto mais as coisas se juntam, mais ficam separadas: o mundo uniforme não está muito mais próximo do que a sociedade sem classes”.
A antropologia tem problemas de lidar com a organização da cultura no mundo moderno porque, durante sua própria história, não foi encontrada uma melhor maneira de se pensar sobre a cultura. Geertz apresenta o panorama de como se pensou a questão da cultura entre os séculos XIX e XX (como oposição à natureza e o

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