Anos heróicos

O período dos anos heroicos ocorreu entre os anos de 1922 a 1930.
A fase heroica foi à denominada primeira fase do modernismo, que devido à ousadia dos seus precursores, foi tradicionalmente dividido em três fases.
O período tem como característica romper com o conservadorismo passadista e através da ironia e da crítica e lançar a estética da liberdade. Tem também um caráter anárquico e em um primeiro momento buscam no experimentalismo estético novas formas de expressão, tanto em verso como em prosa, tem também um nacionalismo crítico, a valorização do folclórico e a procura da palavra brasileira.
Os modernistas buscavam através de sua arte, a afirmação identitária de “um povo latino, de herança cultural européia, mas etnicamente mestiço [...] influenciado por culturas primitivas ameríndias e africanas”. (CANDIDO,2000, p. 119).
Com esse propósito, algumas obras foram produzidas para transgredir e chocar, e isso foi o que mais elas fizeram. Através de seus versos, poetas como Mário de Andrade denunciavam a hipocrisia da sociedade burguesa de época.

Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam as propostas de reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica sobre passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos receberam o cenário intelectual brasileiro, em uma busca profunda e radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão.
Entre os fatos mais importantes, destacam-se a publicação da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de divulgação das ideias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos culturais: o Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo, a Antropofagia e a Anta.
Esses movimentos representavam duas tendências ideológicas distintas,