Anistia

Existem muitas concepções contrárias à anistia, argumentos que tentam derrubar essa lei imposta em 1979. Um deles é defendido pelo relator da ONU, Juan Mendez, em que ele afirma que essa lei é uma espécie de maquiagem ao que realmente ela quer, que é proteger os policiais e militares, que em tempo de ditadura cometeram crimes sérios, como assassinato. Outra figura importante dentro da ONU que se opõe à Lei é a alta comissária de Direitos Humanos Navi Pillay, que defende que, como uma potência econômica e política emergente, a revisão da Lei pelo Brasil é um importante passo tanto para a região quanto para o mundo, e que não há como algumas sociedades desfrutarem do desenvolvimento sustentável e reconciliação mascarando os abusos contra os direitos humanos.
A Lei da Anistia tinha, em princípio, dar a liberdade a presos políticos e a pessoas contrárias ao regime que foram naquele período injustamente presas. Porém, não foi bem isso o que aconteceu. Militares e Policias que cometeram crimes sérios também se beneficiaram, ganhando o direito a serem soltos.
Mais que a ONU, outra importante figura política se manifestou a respeito do assunto. Dilma Rousseff, atual presidenta brasileira, falou através de uma rede social sua posição em relação à Anistia, em que, no dia em que completara 50 anos da ditadura brasileira, afirmou que o acontecido naquele período deve ser superado.
Para o senador Randolfe Rodrigues, que apresentou o texto da Revisão da Anistia, a lei aprovada em 1979 foi uma imposição do período da ditadura: “Aquela Lei não foi resultado da luta sonhada e desejada pelos exilados. Não existe pacto quando um dos lados está armado e o outro está desarmado”. Ele acredita que a revisão de tal lei contribuirá para o resgate da memória e da verdade do país e a única vantagem dessa lei foi garantir a volta os exilados que eram contra o regime político em vigor ao país. Segundo o parlamentar, a Lei da Anistia não se adéqua à Constituição de 1988 e nem aos Direitos