Anaximandro

Ἀναξίμανδρος
610 — 547 a.C. Geógrafo, matemático, astrônomo, político e filósofo préSocrático; discípulo de Tales, seguiu a escola jônica. o princípio de tudo → o apéiron, isto é, uma matéria infinita da qual todas as outras são criadas. Esse a-peiron é algo insurgido (não surgiu nunca, embora exista) e imortal.
Por ser ilimitado, este princípio pode dar origem a todas as coisas, delimitando-se de vários modos.

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Deus torna-se o princípio, ao passo que os deuses tornam-se mundos.

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Enquanto o Princípio divino não nasce nem perece, os universos divinos nascem e perecem ciclicamente. 

A causa da origem das coisas é uma espécie de
“injustiça”, em quanto que a causa da corrupção e da morte é a “expiação” desta injustiça. Aqui, nota-se uma infiltração das concepções órficas.

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As coisas se constituem através de uma eterna luta entre contrários, onde algo não pode existir enquanto existe também o seu contrário. O mediador desta eterna luta é o tempo, que permite que ora exista um e ora exista o seu contrário.
Esses contrários podem ser observados na natureza: calor, frio; úmido, seco; claro, escuro, etc. E é o tempo que vai colocar limites para a existência destes contrários.

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O cosmos (assim como os quatro elementos), terá sido gerado a partir da separação dos opostos: Calor/frio (primeiro par de opostos): o calor dá lugar ao fogo, a uma massa incandescente, que rodeia totalmente o frio e que possui um movimento circular.
Do frio tem-se o segundo par, seco/úmido: o seco dá lugar à Terra, e o úmido gera o líquido(água) e o gasoso (ar).

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Como o principio é infinito, os mundos também são infinitos.
Assim, este nosso mundo é um dos inumeráveis mundos em tudo semelhantes aos que os precederam e aos que os seguirão.
Pois cada mundo tem nascimento, vida e morte.  Este nosso mundo coexiste ao mesmo tempo com uma série infinita de outros mundos, que também nascem e morrem de modo análogo.
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A Terra teria um formato cilíndrico, habitando o