Analises da Obra Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues
Teatro moderno: O teatro ganhou novos contornos modernos na Europa, o cenário estilizado, a hipervalorizarão dos elementos simbólicos, a descoberta do Expressionismo alemão e, consequentemente, a criação de um clima voltado para distorções que revolvem o pessoal e o emotivo; há, ainda, a valorização da coreografia, do som e da luz.
A linguagem do teatro é simples (popular, lexical), diferente dos outros gêneros. O tempo da peça é em branco: aqui e agora. Nelson Rodrigues trabalha muito bem o dialogo em suas peças, sendo que é possível identificar novas versões a cada leitura. Ou seja, independente das dicas que o diretor disponibiliza, os expectadores tem concepções diferentes. É possível ter várias leituras diferentes, mostrando então que em vários momentos a realidade é muito estranha.
Personagem clássico: era composto pelo que fazia e falava, e os modos de como os outros personagens falavam sobre ele.
Personagem contemporâneo: Já as obras contemporâneas são muito difíceis definir um personagem, pois a voz é muito trabalhada e pouco é apresentado sobre o individual do personagem. As pessoas são uma “imensidão de coisas”, então a arte valoriza mais o desconhecido, o mistério das pessoas que ainda estão por nascer. O personagem realista do século XIX é marcado pela oscilação, ou seja, vai mudando a cada instante e a sua característica é identificável.
Quando foi encenada a peça: Sob a batuta da audaciosa direção de Ziembinski, em 1943, é levada aos palcos cariocas Vestido de Noiva, peça que estaria destinada a ficar na história da dramaturgia brasileira pela radical mudança temática e de montagem que introduziu. E no ano de 2006 a peça ganhou uma versão fílmica.
Detalhes da obra: Nelson Rodrigues conduz o drama de forma renovada, intercala ações que se passam em tempos diferentes. Dá vida e corpo a personagens esboçados pela memória e pela imaginação, subdividindo a peça em três planos: o da realidade, o da memória e o da alucinação.