Analise Vidas Secas

Curso: Letras Campus: Memorial

Literatura Brasileira: Roteiro de analise sobre o livro Vidas Secas.

1- Sobre a questão do enredo da obra, vários críticos afirmam que este possui a Estrutura de um romance “desmontável”. Comente o porquê inicial e final, respectivamente a “Mudança” e a “Fuga”, o que eles sugerem dentro do contesto da obra? Desenvolva.

A obra pode ser lida de forma descontinuada, sendo cada capitulo autônomo de certa forma e não nos obrigada a serem lidos de uma forma linear, sendo que percebemos que os dias e anos passam, mas que em nenhum momento é dita a idade dos personagens, nem a referencia de qual época se passa, mas percebemos a continuidade de capitulo através das questões que afligem tanto Fabiano como Sinhá Vitoria.
Os capítulos inicial e final são capítulos que se assemelham, visto que em ambos a família foge da seca e assim nos remetem o “ciclo vicioso”, a semelhança entre os dois capítulos cria a ideia de um ciclo de mudanças e fugas infinitas; reflete a realidade da região, assolada por secas que fazem com que a permanência em um só local seja muito difícil.

2- Em se tratando do narrador da obra: que Tipo de narrador Graciliano Ramos opta em sua narrativa? Esse narrador utiliza-se em vários momentos, do DISCURSO INDIRETO LIVRE, o que esse efeito confere esteticamente na obra? Comprove com trechos da narrativa.

No romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, encontramos a narração em terceira pessoa, com narrador onisciente. Podemos encontrar muitas vezes os discursos indiretos livres. É o próprio narrador que revela o interior dos personagens através de monólogos interiores. O foco narrativo ganha destaque ao converter em palavras os anseios e pensamentos das personagens.
"... Aí, a coleira diminuiu e Fabiano teve pena". (Cap. 01 – Mudança). O tempo de narrativa medeia duas secas. A primeira que traz a família para a fazenda e a segunda que a leva para o Sul. Mesmo possuindo