Analise psicopatologica de 'natureza selvagem'

Relatório de Psicopatologia
‘Na Natureza Selvagem’ de Jon Krakauer

Pensando em análise psicopatológico do protagonista me sinto forçado a não fazê-la, não sou medico, não tem a habilidade de diagnosticar e identificar através de sintomas, patologias. Contudo, pensando uma analise como uma oportunidade de relacionar os conceitos psicopatológicos que aprendemos em aula com a historia de Chris McCandless me parece interessante.
Em linhas gerais Chris é um jovem que acaba de se graduar. Tem uma relação difícil com os pais, em que ele sente que a comunicação é muito precária, não sente que o escutam de verdade. Quantas vezes ele falou que seu carro era incrível, que estava ligado a ele, e que jamais gostaria de troca-lo, e mesmo assim seus pais insistiam em lhe dar um carro novo (o que era um insulto para ele), resolveu então, não mais bater de frente com os pais, e esperar para de uma vez fazer a cisão entre eles.
Interessante pensar que Chris se comportava bastante diferente de seus colegas, mesmo na formatura, se mostrava incomodado, o que me pareceu, em termos psicopatológicos uma diferença no tônus em relação a função conativo-afetiva (o que destoa, Chris, destoa).
Chris não queria uma vida comum, não queria nenhuma espécie de comodidade em sua vida, nenhum tipo de conforto, queria, como o nome do livro diz, viver ‘Na Natureza Selvagem”, queria seguir seus instintos, viver perigosamente e intensamente, se aventurar. Percebo em Chris agora em dois momentos de jeitos diferentes. Num primeiro momento, antes de ir pro Alaska, com uma impulsividade diminuída/filtros aumentados e com o humor tendendo mais a polarização para o lado da depressão, indicando profundidade dos afetos, pessimismo, impotência e vivência de perda, fracasso e morte. Num segundo momento depois de sair de sua cidade natal rumo Alaska, com uma impulsividade aumentada/filtro diminuído, e um tanto de euforia com otimismo e vivencias de ganho, sucesso, e vida. Chris queria vagabundear, queria