analise poemas bocage

383 palavras 2 páginas
Soneto
Por Manuel Maria Barbosa du Bocage

Oh Rei dos reis, oh Árbitro do mundo,
Cuja mão sacrossanta os maus fulmina,
E a cuja voz terrífica, e divina
Lúcifer treme no seu caos profundo!

Lava-me as nódoas do pecado imundo,
Que as almas cega, as almas contamina:
O rosto para mim piedoso inclina,
Do eterno império Teu, do Céu rotundo:

Estende o braço, a lágrimas propício,
Solta-me os ferros, em que choro e gemo
Na extremidade já do precipício:

De mim próprio me livra, oh Deus supremo!
Porque o meu coração propenso ao vício
É, Senhor, o contrário que mais temo.

Analise: Esse soneto escrito por Manuel Maria Barbosa du Bocage apresenta uma visão religiosa, que coloca Deus como o ser mais poderoso do universo; controlando todos e possuindo a capacidade de perdoar os pecados dos seres mortais. Nesse poema, o eu-lírico se define como um pecador e pede para que esse Deus supremo perdoe os seus pecados.

Olha, Marília, as flautas dos pastores

Olha Marília, as flautas dos pastores,
Que bem que soam, como são cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?

Vê como ali, beijando-se, os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes
As vagas borboletas de mil cores!

Naquele arbusto o rouxinol suspira;
Ora nas folhas a abelhinha pára.
Ora nos ares sussurrando, gira.

Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a morte me causara.
Análise: Esse outro poema de Bocage trata sobre um tema amoroso, onde o eu-lírico se declara feliz por ter Marília como sua amada. O eu-lírico deseja aproveitar a manha com ela “Vê como ali, beijando-se, os amores incitam nossos ósculos ardentes!” e no final do poema, diz que a natureza é encantadora, porem não teria o mesmo sentido sem a amada ao seu lado “Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira, mais tristeza que a morte me

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