Analise do texto "O homem é livre e perfectível"- Rousseau
A partir do texto de Rousseau “O homem é livre e perfectível” entendo que ele compara os homens com os animais e nos aponta duas diferenças entre eles. São elas: o homem é dotado da razão e do instinto, e o animal somente do instinto, porém este também tem idéias até certo ponto, pois possui sentidos, logo, no tocante de idéias a diferencia é somente de proporção. Por conta da razão, o homem age por escolha, assim desvia seu destino, pois consegue ir contra sua própria natureza. Já o animal age única e exclusivamente por instinto.
A outra diferença existente é a de que o homem é perfectível, daí o nome do texto: “O homem é livre e perfectível”, isto é, além da capacidade de escolha, possui também capacidade de aperfeiçoamento, o que torna possível sua modificação, ao passo que o animal sempre será igual, mesmo que sejam passados séculos.
O fato de o homem ser “livre e perfectível” é um paradoxo, pois essa capacidade de se aperfeiçoar fez o homem perder sua liberdade e se tornar prisioneiro de si mesmo. O primeiro sentimento do homem foi o de conservação e preservação da própria vida, bastando-lhe somente o que a terra lhe fornece, assim como os animais. Como o homem natural foi se modificando com o tempo, surgiu o problema, passou a existir o instinto da posse como frase “Isso é meu”. Neste momento, o homem que nasceu livre começou a prender-se conforme suas propriedades aumentavam, pois a todo instante precisa protegê-los, e assim nasce a sociedade com suas leis, onde todos eram obrigados a conformarem-se e tinham deveres mútuos, tanto o rico quanto o pobre. Porém apareceram novas questões onde o rico recebeu forças e o pobre a submissão, destruindo de vez a liberdade natural do homem. As mesmas leis que trariam a igualdade entre os homens usaram-se contra eles próprios, pois fixaram a lei da propriedade e da desigualdade.
Então o homem natural foi embora através do aprimoramento, pois é dotado de razão, tem o poder de dominar os