Analise do texto brincadeiras de meninos e meninas
A autora, Jucélia Santos Bispo Ribeiro, fez uma pesquisa em uma comunidade praieira da Bahia, de maioria negra e pobre, com a finalidade de mostrar as regras limitações que essa comunidade impõe para suas crianças, e como elas reproduzem os mesmos padrões de comportamentos impostos para eles. Para isso, a autora faz entrevistas com grupos de crianças de 7 a 14 anos de idade e com pessoas de diferentes famílias, incluindo os pais das crianças. O texto introduz dizendo que a maior parte das pesquisas de gênero feitas no Brasil, em sua maioria, dizem que o modelo hierárquico patriarcal predomina entre as comunidades do país. Porém ele acentua que não se pode afirmar de forma generalizada, pois isso depende das características histórico-culturais atribuídas a cada região. A autora explica, principalmente, como acontece a separação de meninos e meninas já desde cedo, começando pelas brincadeiras. Os dois devem brincar separados, cada um com suas respectivas brincadeiras e se um invadir o espaço do outro, por exemplo, o menino é chamado de bicha e a menina de rodada ou de puta. As mães também tem muito cuidado em avisar as meninas de que brincar com meninos ou até mesmo sair na rua para brincar, “é feio”, menina comportada não faz essas coisas, e várias outras maneiras de demonstrar que é uma coisa inaceitável. Por outro lado, os meninos tem que sair de casa, tem que brincar na rua porque ficar em casa e ajudar nas tarefas domésticas, por exemplo, lavar a louça, é coisa de menina. Os adultos também tem uma participação fundamental nesses aspectos, não só na maneira de educar as crianças, mas também na maneira como conversam entre si sobre essas brincadeiras. Por exemplo, a mulher citada no texto que disse que “seu filho havia chamado a pesquisadora de “gostosa”” para as amigas. A autora comenta que essa é uma maneira daquela mulher de demonstrar a