ANALISE DO PODER ATRAVÉS DA GENEALOGIA DE FOUCAULT E SUAS INPLICAÇÕES DENTRO DAS RELAÇÕES.

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Foucault adota para a sua análise sobre essa problemática, sobre o binômio SABER-PODER, o método de análise arqueogenealógico . Não existe propriamente dito uma teoria de poder em Foucault, já que esse é constituído historicamente e, como tal, funciona localizadamente e com isso cria-se um instrumento teórico a partir das especificidades. Isso resulta na ideia de que Foucault trabalha com a teoria provisória, inacabada, uma história descontínua, com isso ele abandona a visão tradicional de poder que vê o poder como uma realidade única, estática e soberana. O poder não necessariamente significa sinônimo de Estado, o poder está para além do Estado, ele aparece também em práticas dissociadas do Estado. O poder é revestido de um caráter positivo, posto que cria condições favoráveis ao prazer.

“... Ora, me parece que a noção de repressão é totalmente inadequada para dar conta do que existe justamente de produtor no poder. Quando se define os efeitos do poder pela repressão, tem-se uma concepção puramente jurídica deste mesmo poder; identifica-se o poder a uma lei que diz não. O fundamental seria a força da proibição. Ora, creio ser esta uma noção negativa, estreita e esquelética do poder que curiosamente todo mundo aceitou. Se o poder fosse somente repressivo, se não fizesse outra coisa a não ser dizer não você acredita que seria obedecido? O que faz que o poder se mantenha e que seja aceito é simplesmente que ele não pesa só como uma força que diz não, mas que de fato ele permeia, produz coisas, induz ao prazer, forma saber, produz discurso. Deve-se considerá-lo como uma rede produtiva que atravessa todo o corpo social muito mais que uma instância negativa que tem por função reprimir...” (FOUCALT, 1988.)

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