Analise do filme K-pax

Analise do Filme K-PAX
É possível notar no filme de Iain Softley o que Buber denominou as duas formas básicas do homem se relacionar. Eu-Isso e Eu-Tu.
Na relação Eu-Isso, o homem se coloca diante do mundo como algo objetivo. Quando Prot, um homem misterioso que diz ser habitante do planeta K-PAX, surge na estação de trem e se envolve num tumulto, pode-se se notar na abordagem dos policiais uma aproximação Eu-Isso. O policias tratam Prot através de procedimentos padrões que são adotados para qualquer membro da população, sem ser dar conta das questões existenciais trazidas por aquele individuo que ali se apresenta. O mesmo acontece com relação a abordagem do Psiquiatra que recebe Prot após este ser encaminhado para a clinica psiquiátrica.
O Dr Mark Powell, personagem interpretado no filme pelo ator Jeff Bridges, faz uma série de questões a Prot, com o intuito de confrontar a realidade trazida pelo paciente com a realidade aceita pelo saber médico. Durante a maior parte das abordagens que o Psiquiatra utiliza é possível notar essa relação de Terapeuta X Paciente. Onde os fenômenos trazidos pelo paciente como algo objetivo, externo a existência do terapeuta.
No entanto, Prot se relaciona com os outros pacientes do local sem questionar as questões existenciais que estes trazem até ele. Prot, por acreditar viver em outro planeta, trata as questões os outros pacientes como normais à realidade de cada um. Isso permite que as demandas existências trazidas por cada paciente possa ser vivenciada e acabam por abrir espaço para novas formas de esses se relacionarem com o mundo. Segundo Buber forma do homem se relacionar Eu –Tu é marcada pela presença do outro, é um encontro no qual o homem é marcado pela força da vivencia do outro. Nesse sentido, podemos ver na forma que em Prot se relaciona com os outros internos da clinicas uma aproximação Eu-Tu nos pontos em que o personagem não questiona as vivencias dos outros em comparação com a sua com o objetivo de tentar