Analise do curta superávit

Instituições Políticas e Administração Pública – Gustavo Fernandes
Luisa Coutinho

Após assistir e analisar o curta-metragem “Superávit” acredito que o principal elemento e consequente crítica abordada consiste no elitismo democrático. A partir desta teoria, infere-se que o único modo de fazer as escolhas democráticas serem racionais é limitá-las às elites, enquanto as massas detém o poder de escolher estas elites. No entanto, segundo Carl Schimilt e claramente satirizado no curta, ocorre a penetração dos interesses particulares em arenas desenhadas para a argumentação racional e a generalização dos interesses. Isto é visto, por exemplo, nas falas do ator Fabio Porchat: “É melhor para o país”,“É um bem para o país, para o Brasil, para o teu, para o meu, para o nosso.”. Enquanto o personagem tenta convencer o outro político a colaborar ele acaba justificando suas propostas que supostamente abrangem o bem coletivo por meio de seus interesses individuais. Além de ser uma crítica generalizada aos funcionários da esfera pública brasileira, a crítica mais direta se destina ao Poder Legislativo, mais especificamente aos deputados, atores políticos que nos últimos tempos são os que mais aparecem envolvidos em escândalos de corrupção e outros delitos. Outro elemento que é abordado no curta e se relaciona com as teorias democráticas estudadas é a questão da soberania técnica e da consequente irracionalidade das massas. No curta, é possível observar claramente o menosprezo às massas e a exaltação às elites e como estas que hoje estão no poder devem perpetuar esta condição de soberanas e superiores.
Por fim considero uma das conclusões da aula três muito pertinente para entender as críticas abordadas no filme e que sumarizam os elementos da teoria democrática estudados que se relacionam com as críticas realizadas. “A democracia é fruto de um cálculo de custos e benefícios feitos por atores em conflito, sustentando-se por um equilíbrio de forças.”. Portanto, o que é