Analise comparativa do filme “cinco vezes favela, agora por nós mesmos”

O VERDADEIRO OLHAR

A Luz Mágica Produções, produtora de Carlos Diegues e Renata de Almeida Magalhães, produziu o longa-metragem “Cinco Vezes Favela, Agora por nós mesmos”, escrito, dirigido e realizado por jovens cineastas moradores de favelas do Rio de Janeiro, treinados e capacitados a partir de oficinas profissionalizantes de audiovisual comandadas por grandes nomes do cinema brasileiro, como Nelson Pereira dos Santos, Ruy Guerra, Walter Lima Jr., Daniel Filho, Walter Salles, Fernando Meirelles, João Moreira Salles e muitos outros.
São 5 filmes de ficção, de cerca de 20 minutos cada um, filmados em película e finalizados digitalmente, escritos, dirigidos e totalmente realizados por jovens cineastas moradores de favelas cariocas, sobre diferentes aspectos da vida em suas comunidades. São realizados com o apoio de cinco comunidades e organizações, a CUFA (em Cidade de Deus), o Nós do Morro (no Vidigal), o Observatório de Favelas (no Complexo da Maré), o AfroReggae (em Parada de Lucas) e o Cidadela/Cinemaneiro (com sede na Lapa, reunindo moradores de várias comunidades.
Escolhemos esse filme pois desde o inicio do projeto, o modo como foi abordado começou diferente. Uma palavra que resume bem está obra é inclusão social. Além da oportunidade de crescimento pessoal e profissional para pessoas de comunidades carentes, abre espaço também para vermos a favela não do modo sempre apresentado, “policia e ladrão”, mas por moradores, trabalhadores, estudantes e pessoas que são “pessoas normais” que tem suas vidas e seu cotidiano mais simples nas favelas.
Analisando a estrutura do filme, são pequenos capítulos de histórias diferentes que não se relacionam entre si, porém o mais interessante é que o espaço físico entre todas as histórias é muito parecido (favela), e os personagens são humildes, porém trata-se de sonhos, desejos e ações que são totalmente diferentes, ou seja, mostra que as pessoas na favela não se dividem só em vítimas, polícia ou ladrão. É