Analfabetismo político

Em 2013 os brasileiros foram às ruas e protagonizarão diversos protestos que tiveram início por causa dos aumentos das tarifas dos ônibus, onde as pessoas gritavam "não é só por 20 centavos". Porém esses protestos levantaram vários outros questionamentos, um deles era sobre o custeamento da copa. Agora, em 2014, com as eleições essas questões voltaram a tona. E resta uma dúvida: era mesmo pelos 20 centavos? Pela copa? Ou foi por um certo sentimento que estava preso que foi direcionado para um problema pontual? E as pessoas sabiam exatamente com o que estavam insatisfeitas?

São tantas perguntas, sobre um assunto tão complexo que é a economia. Sobre como ela é no Brasil, como ela é passada para as pessoas e como elas a entendem.
Antonio Lassancefaz uma crítica a esse comportamento dos indivíduos com relação a economia. Ele traz uma comparação:
"Para se ter uma ideia: o País vai gastar cerca de 8 bilhões em estádios. É, de fato, muito dinheiro. Mas o analfabetismo econômico ajuda todo mundo a se esquecer de fazer a conta que realmente importa. O Brasil gastou, em 2013, R$ 248 bilhões com o pagamento de juros, segundo o Banco Central. Pois bem, dividindo esse valor pelos 365 dias do ano, pagamos mais de R$ 679 milhões por dia...Dá quase para construir um estádio do Mineirão por dia."

Vicenç Navarro reforça essa discussão falando sobre influência dos meios de informação e que usam persuasão econômica para justificar certas políticas. "grande parte dos argumentos mostrados pelos maiores meios de informação e persuasão econômicos do país para justificar as políticas públicas ora implementadas são posturas claramente ideológicas, que não se sustentam com base na evidência científica existente."

Como cidadãos brasileiros e estudantes de comunicação sabemos que as mídias podem influenciar (não determinar) a informação das pessoas. Ainda mais no campo da economia, que geralmente ninguém entende de quase nada. Depende de vários fatos combinados,