Anaaa

Trovadorismo
Marinha, o teu folgar tenho eu por desacertado, e ando maravilhado de te não ver rebentar; pois tapo com esta minha boca, a tua boca, Marinha; e com este nariz meu, tapo eu, Marinha, o teu; com as mãos tapo as orelhas, os olhos e as sobrancelhas, tapo-te ao primeiro sono; com a minha piça o teu cono; e como o não faz nenhum, com os colhões te tapo o cu.
E não rebentas, Marinha?
Classiscismo
Ao grandioso sonetista de Portugal

As obras classicista são poemas
Os quais mostram o amor num sentimento
Inteligível como um pensamento
Cujas diversidades há em temas ;

Canta o poeta em versos seus dilemas
Dos quais tem ele em seu entendimento
De que nunca haverá um bom momento
Visto que Amor em sí estão os problemas;

No Classicismo há o ideal do amor
No qual se almeja a alma da mulher amada,
Casta igual à mais casta e pura flor;

Não obstante a Mulher tão almejada
Pelo poeta - este àquela vê se for -
Nunca poderá ser pra ele alcançada .

Humanismo
No caminho com Maiakovisk
Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada. Barroco | À fragilidade da vidaEsse baixel nas praias derrotado
Foi nas ondas Narciso presumido;
Esse farol nos céus escurecido
Foi do monte libré, gala do prado.

Esse nácar em cinzas desatado
Foi vistoso pavão de Abril florido;
Esse Estio em Vesúvios encendido
Foi Zéfiro suave, em doce agrado.

Se a nau, o Sol, a rosa, a Primavera
Estrago, eclipse, cinza, ardor cruel
Sentem nos auges de um alento vago,

Olha, cego mortal, e considera
Que és rosa, Primavera, Sol, baixel,
Para ser cinza, eclipse, incêndio, estrago. | |
Arcadismo
Epístola