Análise dos fimes shrek e alice no país das maravilhas sob a perspectiva das teorias junguianas

2578 palavras 11 páginas
Trabalho Final

Teorias Junguianas
Análise dos filmes Shrek e Alice no País das Maravilhas sob a perspectiva junguiana acerca dos contos de fadas

Introdução
O ato de contar histórias como forma de transmissão de conhecimento e de conteúdo ético e moral remonta às origens da humanidade. Antes da escrita, essa transmissão era feita oralmente, e era a única forma de preservar os conhecimentos adquiridos pela experiência dos mais velhos. Fazem parte dessa tradição oral e posteriormente escrita, os contos de fadas ou lendas, que pela força de suas histórias permaneciam nas mentes de todos os que os ouviam e passavam a fazer parte de um inconsciente coletivo, termo usado por Jung para se referir aos conteúdos inconscientes compartilhados por toda a humanidade.
Os contos de fadas passaram a ter essa nomenclatura a partir do final do século XVII, quando os primeiro compiladores começaram a escrever e publicar coletâneas desses contos que eram antes transmitidos apenas oralmente, como contos populares, transmitidos por tradição oral e desta forma atravessando milênios, presentes em todas as culturas.
Os principais autores que compilaram os contos populares europeus no Século XVII foram Hans Christian Andersen, Charles Perrault e os irmãos Grimm. Os contos por eles compilados e adaptados são tradições orais muito antigas, que atravessaram fronteiras e foram influenciados por cada cultura pelos quais passaram e foram transmitidos. Entretanto, os conteúdos principais destes contos permaneciam apesar das influências culturais, porque carregavam sentimentos universais e seus personagens eram representações arquetípicas, inscritas no inconsciente coletivo de todos os povos e com os quais todas as pessoas se identificam.
Cabe lembrar brevemente o significado dos arquétipos para Jung. O termo, de origem grega, (ἀρχή - arché: principal ou princípio e τύπος - tipós: impressão, marca) foi cunhado pelos filósofos neoplatônicos, para designar as ideias que representavam

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