Análise The Black Cat

Análise The black cat/ O gato preto de Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe, escritor do romantismo gótico, traz no conto O gato preto toda a obscuridade da mente humana com descrições minuciosas dos atos de maldade que o ser humano é capaz de cometer, provocando o medo e o suspense do leitor.
Utilizando a unidade de efeito faz com que a leitura seja intensa e desperte a curiosidade quanto ao final do conto. Para isso, ele utiliza a antecipação no trecho:
“Quase me envergonha confessar — sim, mesmo nesta cela de criminoso ... “

Quando cita a cela, o leitor pressupõe que o narrador está preso trazendo a ideia de que um crime, dentro do cenário de horror criado, poderá ocorrer até o final.
Desde o princípio o narrador se mostra como uma alegoria da loucura humana: ocorrendo uma influência do mal, por meio do alcoolismo, o personagem que embora não acredite que o gato tenha influenciado sua mudança significativa, insiste em listar os acontecimentos que o envolveram nessa trama, sempre evidenciando o fato de que era uma pessoa dócil até a chegada do animal.
“Desde a infância, tornaram-se patentes a docilidade e o sentido humano de meu caráter. A ternura de meu coração era tão evidente, que me tomava alvo dos gracejos de meus companheiros. “
Mas além do mal da bebida, sua perversidade súbita é uma das principais responsáveis por todos os acontecimentos seguintes guiados por ele:
“E, então, como para perder-me final e irremissivelmente, surgiu o espírito da perversidade.”
“Não obstante, tão certo como existe minha alma, creio que a perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano - uma das faculdades, ou sentimentos primários, que dirigem o caráter do homem. Quem não se viu, centenas de vezes, a cometer ações vis ou estúpidas, pela única razão de que sabia que não devia cometê-las?”

“Já não sabia mais o que estava fazendo. Dir-se-ia que, súbito, minha alma abandonara o corpo, e uma perversidade mais do que diabólica, causada pela