América Espanhola

PREARANDO O CENÁRIO DAS INDEPENDÊNCIAS
O desenvolvimento econômico capitalista, o triunfo do liberalismo, o imperialismo e uma grande efervescência nacionalista e socialista na Europa, também envolveram as américas no século XIX, seguindo , porém as peculiaridades regionais.
Na passagem do século XVIII para o XIX, com o declínio do antigo regime, o liberalismo politico e econômico forneceu a base ideológica para a superação definitiva do entraves ao progresso capitalista. Enquanto os Estados Unidos lutavam por sua independência, as metrópoles ibéricas continuavam envolvidas com as praticas mercantilistas e colonialistas, que dificultavam o livre comercio e o desenvolvimento manufatureiro, condições fundamentais para a autonomia eo sucesso econômico do mundo.
Na Espanha, o reinado de Carlos III (1759-1788), exemplo de despotismo esclarecido, assumiu medidas direcionadas para modernizar a administração, com a fundação de escolas, a expulsão dos jesuítas, o estimulo à produção e ao comércio e, diante da rivalidade com a Inglaterra, o apoio aos revolucionários norte-americanos na guerra de independência. Com ele houve a reorganização do sistema fiscal e o fortalecimento das regras do comercio monopolista com as colônias, além da intensificação do combate ao contrabando dos produtos industrializados ingleses. Com isso houve uma grande insatisfação contara a Espanha de Carlos III, pois o resultado de tudo isso foi o aumento do custo de vidas nas colônias e em seguida contra o seu sucessor Carlos IV (1788 -1808).
Quando as tropas napoleônicas invadiram Portugal e ocuparam a Espanha, enfraquecendo as metrópoles e desencadeando o processo de independência da América Latina, os colonos já haviam organizado diversas manifestações contra a dominação ibérica.
Os criollos membros das elites hispano-americanas desejaram romper com a metrópole monopolista, que lhes dificultavam as transações mercantis, sobretudo com a Inglaterra, principal polo econômico no mundo. Para