Alzheimer

Demências

Em geral, tardias, as demências são caracterizadas por uma “deterioração mental generalizada, com comprometimento da memória, julgamento e do intelecto”. Suas causas mais comuns são os infartos encefálicos múltiplos e a Doença de Alzheimer. Com a diferenciação que os infartos em geral resultam alterações neurológicas focais, bem como deterioração do intelecto (LUNDY-EKMAM, 2008, p.387).
Estudos post-mortem indicam a demência mista (Alzheimer + vascular) como a mais comum das demências entre os idosos, correspondendo a mais da metade dos casos. Deve-se pensar em demência mista quando o exame neuropsicológico sugerir Alzheimer e a neuroimagem sugerir demência vascular. Tal associação é devida ao estresse oxidativo causado pelos fatores de risco cerebrovasculares e a doença microvascular que estimulam a deposição do β-amiloide (DUNCAN et al., 2013, p.695).
O tratamento deve levar em consideração as duas alterações, mas deve focalizar na otimização dos fatores de risco cerebrovasculares – há de se dizer: controle pressórico, controle glicêmico, cessação do tabagismo e/ou etilismo, controle do peso e cessação da ociosidade com exercícios (DUNCAN et al., 2013, p.695).

Doença [ou Demência] de Alzheimer (DA)

Originalmente descrita pelo Dr. Alois Alzheimer em uma paciente de 51 anos, com quadro de demência e sintomatologia de delírios com déficit cognitivo progressivo, vindo a falecer quatro anos do início dos sintomas. Por este motivo a DA, por décadas, ficou associada a uma forma pré-senil (antes dos 65 anos) de demência degenerativa. Somente a partir de 1970 verificou-se a semelhança entre DA e Demência Senil do ponto de vista clínico e histopatológico, sendo o epônimo da DA usado independente da faixa etária (NITRINI & BACHESCHI, 2005, p. 326; LUZARDO et al., 2006). No século XX foi intensamente relacionada ao envelhecimento, visto que as alterações anatomopatológicas são praticamente as mesmas, sendo em uma maior intensidade encontrada na DA