Aluno
Sociologia IV
Prof. Adélia Miglievich
Aluno: Jayder André de Oliveira
Fichamento do texto:
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Fronteiras da Europa; “trabalho e aventura” e “O homem cordial”. In: Raízes do Brasil. São Paulo: José Olympio, 1991, p.12-37 e 101-112.
O Estado não é uma extensão do a família. Entre o Estado e família existe uma descontinuidade (p.101).
Nas velhas corporações o mestre e seus aprendizes e jornaleiros formavam como uma só família, cujos membros se sujeitam a uma hierarquia natural. O novo regime tornava mais fácil, além disso, ao capitalista, explorar o trabalho de seus empregados, a troco de salários ínfimos. Para o empregador moderno, o empregado transforma-se em um simples numero. A relação humana desapareceu (p.102).
Ainda hoje persiste, mesmo nas grandes cidades, alguma dessas famílias “retardatárias” concentradas em si mesmas e obediente ao velho ideal que mandava educarem-se os filhos apenas para o círculo doméstico. Elas tendem, cada vez mais, a separar o indivíduo da comunidade doméstica, a libertá-lo, por assim dizer, das “virtudes” familiares. A pedagogia científica da atualidade segue rumos precisamente opostos aos que preconizavam os antigos métodos de educação. A criança deve ser preparada para desobedecer nos pontos em que sejam falíveis as previsões dos pais (p.103).
Já se observa em nosso período imperial, que se tinha tornado manifestas as limitações que os vínculos familiares demasiado estreitos, e não raramente opressivos, podem impor à vida ulterior dos indivíduos. Transplantados para longe dos pais, muito jovens, os “filhos aterrados” de que falava Capistrano de Abreu, só por essa forma conseguiam alcançar um senso de responsabilidade que lhe fôra até então vedado. Por isso mesmo Joaquim Nabuco pôde dizer que “em nossa política e em nossa sociedade, são os órfãos, os abandonados, que vencem a luta, sobem ao governo (p.104).
Aos que os condenam por circunscreverem demasiado os