aluno

409 palavras 2 páginas
Quanto à questão central que levanta: nas ciências empíricas usamos muitos raciocínios dedutivos. Em física, por exemplo, usa-se muita matemática. O que acontece é que também se usa raciocínio indutivo, ao passo que na matemática se usa exclusivamente raciocínio dedutivo (se excluirmos alguns métodos empíricos na matemática, em que se recorre a computadores).

Faz sentido desejar manter a distinção entre dedução e indução; o que tentei explicar é que a maneira correcta de o fazer é ou 1) contrastando a validade dedutiva com a indutiva, ou 2) contrastando correctamente a dedução com a indução. 1 é mais adequado para o ensino secundário porque 2, a ser bem feito, envolve subtilezas que podemos evitar usando 1 -- ou, o que é muito pior, faz-se 2 mal, com erros grosseiros.

Portanto, se quiser continuar a contrastar a física, por exemplo, com a matemática, poderá dizer que na última se recorre exclusivamente à validade dedutiva e na primeira se recorre também à validade indutiva. E depois explica a diferença entre os dois tipos de validade. Deste modo, evita a explicação mais subtil da diferença entre a dedução e a indução.

Mas não sei se o Nuno concordará comigo; enfim, trata-se apenas de uma sugestão e um esclarecimento.Olá Desidério, depois de algumas leituras cheguei afinal à conclusão que a minha concepção de indução é demasiado estreita, como se diz na Stanford EP :(
Continuo, no entanto, a não conseguir facilmente libertar-me das referências ao particular e ao universal na distinção entre indução e dedução.
Pegando no exemplo dado: que sentido tem ter como premissa “Todos os canários que vi são amarelos”, se precisamente só sabemos se são ou não amarelos depois de observar que cada um deles é amarelo, concluindo, a partir daí, que todos são amarelos (depois de os ter visto, como explicitamente se afirma)? Não está mais de acordo com os procedimentos das ciências da natureza afirmar que essa proposição é a conclusão do argumento e não a sua premissa,

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