Altivez

ALTIVEZ FEMININA: UMA INTERPRETAÇÃO ARQUETIPICA

Na sociedade atual, assim como ao longo dos séculos, existiram e existem mulheres que se destacam devido à altivez. O conceito para altivez, segundo o dicionário Michaelis, significa nobre, magnânimo orgulhoso, arrogante, pomposo. Tais adjetivos, quando referenciados às mulheres, denotam o objeto de estudo do presente trabalho. A historia está repleta de exemplos de grandes mulheres que se sobressaíram na sociedade, tais como a rainha Elizabeth, Joana D’Arc ou um exemplo brasileiro, a Anita Garibaldi. Todas essas mulheres gravaram seus nomes na história devido à sua altivez. Pretende-se, portanto, a partir de uma perspectiva da escola psicológica analítica de Jung, apresentar uma interpretação arquetípica para a altivez feminina. Para ilustrar o tema abordado foi utilizada a interpretação mitológica, pois os mitos ajudam na compreensão das verdades psíquicas. Os mitos não devem ser tomados como verdades absolutas, mas como relatos aceitos, entendidos e sentidos desde os tempos mais remotos, revelando padrões arquetípicos do psiquismo humano. Foram escolhidos dois mitos para ilustrar o comportamento altivo feminino – o mito de Atenas e o de Lilith. No mito grego de Atenas, havia um monstro de aspecto feminino chamado Medusa, com os cabelos de serpente, que transformava em pedra todos os homens que olhassem em seus olhos. Quanto morta, Medusa foi decapitada e sua cabeça foi posta na égide, escudo da deusa Atenas. O efeito de transformar homens em pedra, amedrontar ou intimidar é chamado de efeito de Medusa. Atenas é a deusa da sabedoria, conhecida por suas estratégias vitoriosas e soluções práticas. Como deusa Atenas, é motivada por suas próprias prioridades. Como arquétipo, influencia mulheres de mente lógica, governadas pela razão. Outro mito estudado, desta vez cabalístico judaico, foi o de Lilith. Lilith foi criada juntamente com Adão no paraíso e também foi feita da mesma matéria prima desse - o barro. No