Alterações hemodinâmicas
A gravidez altera a frequência e o débito cardíacos, as pressões sanguíneas arterial e venosa, a circulação e coagulação e o volume sanguíneo.
Frequência e debito cardíaco. Durante o segundo trimestre, a frequência cardíaca aumenta gradativamente e pode chega a 10 a 15 batimentos/minuto acima da frequência detectada antes da gravidez. No terceiro trimestre, a frequência cardíaca pode aumentar de 15 a 20 batimentos em comparação com o estado pré-gestacional. Algumas gestantes podem referir palpitações durante toda a gravidez, que são devidas a estimulação do sistema nervoso simpático.
Em torno da 32ª semas de gestação, o aumento das necessidades de oxigênio dos tecidos e a ampliação do volume ejetado aumenta o debito cardíaco em até 50%. Esse aumento é mais significativo em repouso, quando a paciente está deitada de lado, e menor quando ela está deitada de costas. A posição de decúbito lateral reduz a pressão nos grandes vasos, aumentando o retorno venoso ao coração. O debito cardíaco atinge níveis máximos durante o trabalho de parto, quando as necessidades metabólicas dos tecidos são maiores.
Pressão sanguínea arterial e venosa. Quando a gestante está deitada de costa, a pressão venosa femoral aumenta três vezes desde os primeiros meses de gravidez até ao temo. Isso ocorre porque o útero comprime a veia cava inferior e ad veias pélvicas, dificultando o retorno do sangue venoso proveniente das pernas e dos pés. Devido a essa hipotensão ortostática, a gestante pode sentir-se tonta, caso se levante rapidamente após permanece ditada de costas. Algumas pacientes podem ter edema e dilatações varicosas das pernas, do reto e da vulva.
Nas fases iniciais da gravidez, os níveis aumentados da progesterona relaxam os músculos lisos e dilatam as arteríolas, produzindo vasodilatação. As pressões sistólicas e diastólica podem diminuir de 5 a 10 mnHg. A pressão sanguínea atinge seu nível mais baixo na segunda metade do segundo trimestre e em