Aloísio Magalhães, Livros e Bibliotecas

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Aloísio Magalhães (1927-1982) foi secretário do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e criou a Fundação Nacional Pró-Memória. Entre suas muitas preocupações educacionais e culturais estavam o livro e as bibliotecas. Livro como documento, livro como patrimônio: material, enquanto objeto; imaterial, enquanto veículo de informação. Biblioteca como local de aprendizagem, de intercâmbio cultural, de construção do conhecimento: nunca mero depósito de livros.

Em um discuro, pronunciado na posse da Professora Célia Zaher como Diretora da Biblioteca Nacional (BN), em 1982, Aloísio destacou a BN como modelo, polo irradiador das diretrizes na área biblioteconômica e salientou a urgência dos bens culturais mantidos na BN serem disponibilizados a todos os brasileiros pois, alegou ele, de que adiantaria tê-los nela aprisionados?

Surpreendente é que, embora Aloísio não fosse bibliotecário (era artista plástico), seu envolvimento com a área o levou a utilizar a terminologia biblioteconômica adequadamente, abordando questões relevantes como o estabelecimento de parâmetros operacionais biblioteconômicos, a organização e disponibilização de acervos, a relevância da promoção da leitura e das bibliotecas na educação formal, informal e continuada, entre outros assuntos (para os quais já apontava soluções ou estratégias) que ainda hoje são discutidos.

Aloísio era um crítico das obras editadas para o "deleite" de uma minoria, porém reconhecia as obras raras como bens culturais que não poderiam permanecer "enclausurados" em acervos restritos, sendo que a digitalização do acervo destas obras na BN muito deve ao proposto por ele. Ele alegava categoricamente que o patrimônio histórico-cultural de uma nação não abrange apenas edifícios e monumentos, mas também o conhecimento por ela produzido, registrado e divulgado. Enaltecia o livro como patrimônio, por registrar momentos do pensamento da nação, permitindo que aos leitores reconhecer seu passado intelectual, construindo e

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