ALMEIDA Ant nio Alves de

TRABALHO ESCRAVO: A DIGNIDADE DILACERADA PELO CAPITAL
Douglas de Almeida Moreira
Juliano Rezende
Maria Lúcia Teixeira Macedo

O trabalho escravo tem sua origem histórica dividida por todo o globo, sempre mantendo suas características desumanas em relação ao semelhante. A diferença entre a escravidão do passado e a atual é que, antes, era feita explicitamente, agora é feita de forma “velada”, com pressão física ou psicológica, onde a vítima é um trabalhador (a), muitas vezes vindo de outra região do país, pobre, analfabeto ou com um grau de instrução pequeno, sendo tratado como mercadoria. A condição de algumas pessoas, sendo pelo despreparo intelectual ou pela fome, dentre outras possibilidades, as levam a um nicho do mercado que necessita de mão de obra barata. Sem saberem onde estão se metendo, acabam “presos” sem seus direitos básicos de ir e vir. Grande fator que leva a aceitarem esses serviços e permanecerem nos mesmos é a questão do “endividamento”, sendo exercida uma totalidade de poder dos aliciadores (gatos) sobre os trabalhadores escravizados. O trabalho escravo contemporâneo é, na maioria das vezes, uma questão “imperceptível”. A discussão do tema é de fundamental importância para o conjunto da sociedade, uma vez que afeta a todos de diferentes formas e viola os direitos e a dignidade da pessoa humana. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foram respeitados durante longo tempo, tendo sido abalados pelas guerras mundiais e instabilidades políticas e estatais, ninguém as obedecia durante esse período. Essa Declaração serviu como base para a posterior Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e foi uma conquista na luta contra todo tipo de escravidão e opressão, protegendo os indivíduos em sua liberdade e cidadania. Muito se fez e se tem feito para combater e eliminar o trabalho escravo, através de vários segmentos da sociedade civil, do estado e de órgãos