algo sexo, desvio e danação

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O escritor Jeffrey Richards autor de Sexo, desvio e danação descreve as minorias na Idade Média que são os hereges, bruxos, judeus, prostitutas, homossexuais e leprosos, são pequenos grupos divididos e perseguidos. Embora cada grupo tenha características diferenciadas, o discurso condenatório que constitui o elo da corrente que aprisiona e mortifica corpos e mentes considerados desviantes pode ser sintetizado numa palavra: sexo. Mesmo a lepra termina por ser associada à lascívia, ao desejo sexual, e, portanto, é vista como punição ao pecado carnal.
Por que a moral religiosa e pública condena o sexo? Por que a sexualidade exige o controle absoluto? Na Idade Média, a Igreja Católica foi a instituição predominante na vida moral e espiritual das pessoas. O poder do pastorado almejava controlar todas as esferas do cotidiano, especificando, inclusive, que atos sexuais eram permitidos, onde, quando e com quem. O desejo sexual foi identificado como o mal maior, “um mal acima de todos os males”, segundo Santo Anselmo (1933-1109). O ilustre arcebispo de Cantuária apenas expressava a atitude típica e comumente aceita pela cristandade medieval. As raízes da censura ao sexo estão nos fundamentos originários da religião cristã: “Pois a cristandade foi, desde seus primórdios, uma religião negativa quanto ao sexo. Isso significa dizer que os pensadores cristãos encaravam o sexo, na melhor das hipóteses, como uma espécie de mal necessário, lamentavelmente indispensável para a reprodução humana, mas que perturbava a verdadeira vocação de uma pessoa – a busca da perfeição espiritual, que é, por definição, não sexual e transcende a carne. É por isso que os ensinamentos cristãos exaltam o celibato e a virgindade como as mais elevadas formas de vida” (p. 34).
Na concepção cristã medieval o sexo não inclui o prazer: “Os teólogos medievais enfatizaram que era um pecado mortal fazer amor com a esposa unicamente por prazer. “Um homem que está ardentemente apaixonado

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