Alfabetização na escola
A escola como geradora de cultura e não só de aprendizagem de conteúdos
Nessa perspectiva, conclui-se que é necessário reconhecer situações de aprendizagem que vivem dentro e fora da escola. Os problemas para aprender e pensar são complexas interações entre personalidades, interesses, contextos sociais e culturais e experiências de vida. “Nesse contexto, o interesse e a paixão aparecem como duas virtudes fundamentais, e o desenvolvimento racional se contempla como um aspecto do pensamento, mas não como a “única” forma de conceitualizar e interpretar a realidade.” (HERNÁNDEZ, 1998, p.32).
Segundo Hernández (idem, p. 33), para se repensar a escola, deve-se levar em conta que é necessário:
Questionar toda forma de pensamento único, o que significa introduzir a suspeita sobre as representações da realidade baseada em verdades estáveis e objetivas.
Reconhecer, diante de qualquer fenômeno que se estude, as concepções que o regem, as versões da realidade que representam e as representações que tratam de influir em e desde elas.
Incorporar uma visão crítica que leve a perguntar-se a quem beneficia essa visão dos fatos e a quem marginaliza.
Introduzir, diante do estudo de qualquer fenômeno, opiniões diferenciadas, de maneira que o aluno comprove que a realidade se constrói desde pontos de vista diferentes, e que alguns se impõem frente a outros nem sempre pela força dos argumentos, e sim pelo poder de quem os