Alfabetização de crianças disléxicas

INTRODUÇÃO O ensino da escrita e, por conseguinte, da leitura tem assumido papel protagonista em escalas cada vez maiores em sociedades como a nossa, na qual a circulação de informações por meio dos registros de escrita tem se dado de maneira indiscutivelmente intensa. Somos a sociedade da informação, da circulação intensa e veloz de conhecimentos. Diante desse cenário, não conseguir ler e escrever pode significar exclusão social na medida em que impede a participação dos indivíduos em variadas situações de diferentes esferas sociais. Diante dessa constatação, percebe-se a importância da garantia, a todas e todos, do desenvolvimento das competências necessárias ao desenvolvimento da leitura e da escrita. Sob o cenário descrito emergem os problemas de indivíduos com dificuldades para o aprendizado da leitura e da escrita. Desde que a escrita passou a representar premissa para a ação social, os fatores que dificultam essa aprendizagem começaram a interessar aos pesquisadores, professores e outros encarregados de pensar e ensinar a leitura. Nesse bojo, a dislexia surge como objeto de pesquisa e, posteriormente, como preocupação escolar, pois se configura como forte empecilho ao aprendizado da leitura e da escrita a uma parcela considerável da população mundial. Com o intuito de contribuir com o debate sobre as relações entre dislexia e o ensino escolar da leitura e da escrita, mais especificamente em fase inicial de alfabetização, o presente estudo tem como objetivo investigar teoricamente o conceito de dislexia, bem como a literatura a respeito da alfabetização de crianças disléxicas, tendo como norte a coleta de informações para a proposição de situações de ensino-aprendizado que levem em conta o aluno com dislexia a partir de suas singularidades. Importa para este estudo, portanto, a coleta de informações teóricas sobre a alfabetização de disléxicos para embasamento da prática docente. Para isso, apresentamos, no capítulo 1, um breve histórico acerca da