Alexandre o'neill

Nascido no dia 19 de Dezembro de 1924, em Lisboa, Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões, descendente de Irlandeses, foi um importante poeta do movimento surrealista*. Foi um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa – corrente onde publica a sua primeira obra: “A Ampola Miraculosa” –. No entanto o grupo rapidamente se desmoronou. As influências do surrealismo permanecem visíveis nas suas obras. Para além da poesia, fez prosa, discos de poesia ou até traduções e antologias. Devido a não conseguir viver apenas da sua arte, alargou a sua área até à publicidade e é aí que surge o seu original lema publicitário “Há mar e mar, há ir e voltar”.
*Surrealismo: movimento artístico e literário nascido em Paris, na década de 1920, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. O’Neill viu-se reconhecido como poeta em 1958, quando lançou a edição de “No Reino da Dinamarca”. Em 1959 iniciou-se como redator de publicidade, atividade que se tornaria definitivamente o seu ganha-pão. Entretanto, entre fama, slogans e trabalho, abandonou definitivamente a casa dos pais e casou com Noémia Delgado, de quem teve um filho, Alexandre. A década em que atingiu o topo da sua carreira foi provavelmente a dos anos 60, quando publicou livros de poesia, antologias de outros poetas e traduções. Também nesta altura se mudou para o bairro O Príncipe Real, onde manteve uma relação com Pamela Ineichen. Mais tarde, em 1971, casou-se com Teresa Gouveia, mãe do seu segundo filho, Afonso, nascido em