Alemanha: império, barbárie e capitalismo - Braga

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O rápido desenvolvimento que fez da Alemanha no fim do século XX um dos países com as menores desigualdades sociais e setoriais, foi resultado também do desenvolvimento das forças produtivas impulsionadas pela Prússia desde o século XVIII, onde o Estado dinástico promovia um processo significativo de expansão econômica, ainda que esta não se caracterizasse por uma verdadeira industrialização. Havia a noção da “ciência do Estado” e sabia-se que promover o bem estar implicava em orientar efetivamente a economia. Com o passar das décadas, empresas estatais envolviam-se na grande produção de ferro e carvão, foi estabelecida a Zollverein (União Aduaneira) com o objetivo de impulsionar o comércio, a indústria e o mercado de trabalho e também houve a centralização bancária. Mesmo sendo uma “modernização conservadora”, todos esses fatores colocaram a Alemanha no caminho do sucesso industrial.
A Grande Depressão (1873-96) não chegou a afetar a Alemanha e o protecionismo impulsionou ainda mais a autossuficiência. A superioridade industrial alemã consolidava-se através de inovações tecnológicas, estimuladas pelo papel da educação, que até hoje é determinante originário da existência de uma classe trabalhadora altamente qualificada e promotora de uma elevada produtividade social do trabalho. Outra razão para o sucesso foi a articulação entre bancos e indústrias, que lhe ampliava o raio de manobra monetário-financeiro frente ao padrão-ouro gerido pelos ingleses. O fato dos bancos possuírem volumes elevados de ações das empresas levava a pressões para que se firmassem acordos de cartelização. Havia uma convicção de o bem estar social é consequência do “sucesso do Estado”, com uma combinação de conservadorismo, anti-revolução, capitalismo organizado e Estado nacional-imperial-militarista.
A Alemanha saiu arruinada da primeira guerra mundial, com dívidas impossíveis de serem cumpridas, além de uma hiperinflação. Esta desapareceu em 1923 com a reforma monetária. E já em 1929 a

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