Alegoria da Caverna IFPB Filosofia
MOISÉS ERICKISON BRITO DE ARAÚJO
Alegoria da Caverna
Discussões
João Pessoa, Paraíba
2015
Moisés Erickison Brito de Araújo
Alegoria da Caverna
Discussões
Trabalho apresentado a disciplina de Filosofia, como parte da obtenção da nota bimestral.
Orientador: Prof. Luís Antônio Lopes
João Pessoa, Paraíba
2015
INTRODUÇÃO
O propósito deste artigo é apresentar uma interpretação da mais famosa alegoria platônica – a Caverna – que possa lançar alguma luz não só sobre o lado mais obscuro da caverna, mas também sobre seu estranho e atópico ocupante: o poeta. Esta tentativa de esclarecimento visa a alcançar três metas: (1) Sugerir uma conexão tanto literária quanto filosófica entre os livros VII e X da obra-prima de Platão: a República. (2) Expor um nexo de implicação necessária entre duas importantes doutrinas de Platão sobre a poesia; a mimesis e a inspiração divina. (3) Mostrar sinais de desacordo entre Platão e Sócrates sobre a precedência de uma séria, prévia e consciente decisão pessoal na busca pela excelência (virtude) sobre a posse pura e simples de opinião verdadeira, enfatizando o papel da vontade de se livrar das paixões, e o acesso ativo e direto ao conhecimento das Formas em lugar de alcançá- las por mera inspiração divina.
A ALEGORIA
Na alegoria, Sócrates dialoga com Glauco sobre um suposto grupo de homens que estariam acorrentados no interior de uma caverna desde o nascimento, observando durante todo o tempo apenas uma parede iluminada por uma fogueira. O mundo deles se baseava em contemplar aquelas sombras, inclusive as analisando e julgando. Porém, se um dos prisioneiros da caverna pudesse conhecer o mundo exterior, assim notando que desconhecia a realidade e vivia em um mundo de ilusões e sombras, ele inicialmente teria dificuldades em enxergar