Alberto Caeiro - O mestre
Língua Portuguesa e Literatura
Alberto Caeiro
São Paulo
2014
ETEC Professor Aprígio Gonzaga
Gabriel Ribas, número 10;
Ingrid Lopes, número 15;
Larissa Guimarães, número 22;
Natália Monteiro, número 25;
Patrícia Campos, número 26;
Vinicius Santana, número 34;
Vinicius Santos, número 35;
São Paulo
2014
Conteúdo:
Alberto Caeiro
Introdução
Fernando Pessoa teve vários heterônimos, mas de todos Alberto Caeiro é o mestre do próprio Pessoa e dos outros. O próprio Pessoa fala de como Caeiro foi criado:
“se lembrou dum dia de fazer uma partida a Sá-Carneiro — de inventar um poeta bucólico, de espécie complicada, e apresentar-lho, já me não lembro como, em qualquer espécie de realidade. Levei uns dias a elaborar o poeta, mas nada consegui. Num dia em que finalmente desistira — foi em 8 de Março de 1914 — acerquei-me de uma cômoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, O Guardador de Rebanhos. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro. Desculpe-me o absurdo da frase: aparecera em mim o meu mestre. Foi essa a sensação imediata que tive.”
Carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro, de 13 de Janeiro de 1935, inCorrespondência 1923-1935, ed. Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999.
Quando Fernando Pessoa escreve em nome de Caeiro, diz que o faz “por pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular que iria escrever.” Como é citado na carta, os poemas de Caeiro foram escritos em um só fôlego, esse processo criativo espontâneo traduz exatamente a busca fundamental de Alberto Caeiro: completa