Ainda há solução - Tema: "Gentileza gera Gentileza"

Roberto Mazzarone
T: 302

Ainda há solução

Segundo o Profeta Gentileza, essa palavra harmoniosa que o nomeia está inserida em um campo bem mais amplo que pequenas ajudas. Mais que uma junção gramatical de nove letras, abrange um contexto de grande relevância, o compromisso do poder público. Será que os órgãos encarregados de gerir a sociedade estão compenetrados em seus deveres? Vê-se, devido aos acontecimentos, que não. A cada dia que passa, acorda-se sem saber que novo “fato engraçado” do dia-a-dia irá acontecer. Novas escolas sem professores, mais hospitais sem leitos para doentes, maiores proporções de desempregados e corrupção. O poder público de Maquiavel, de Hobbes e outros tantos filósofos deveria nos prestar auxílio, mas acaba tornando-se mais um obstáculo na burocracia do cotidiano. Na medida em que aparecem fatos mais absurdos, escandalosos, macabros que os anteriores pensa-se cada vez mais, conscientemente, que a sociedade voltou aos valores primitivos. Falta, por parte dos governantes, uma política de segurança pública eficaz que, caso seja impossível acabar, ao menos amenize o medo freqüente de termos nossas vidas interrompidas por uma fatalidade ou brutalidade. O compromisso da gestão pública de nossos governantes está abalado. Já era de se esperar com tantas falcatruas milionárias em meio a uma porção de gente que vive literalmente no lixo. Falta para nossos representantes não só seriedade como também sensibilidade. Vivemos em um mundo em que o “homem é o lobo do homem” e em que um favor vale muito mais que uma gentileza. Sendo assim, o que falta para uma perfeita relação entre os dois lados da moeda, que é o Brasil, não é dinheiro e muito menos inteligência ou tecnologia. O que falta para que o nosso pai cresça e estabilize-se é instinto solidário. Este, quando associado à administração pública eficaz que atenda todas as mazeles da sociedade, pode-se ter certeza, trará bons frutos.