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Sistema Agroflorestal SAF (revisão de literatura)

O termo “Sistema Agroflorestal” (SAF) é uma forma de uso da terra e manejo dos recursos naturais, nos quais espécies lenhosas (árvores, arbustos, palmeiras) são utilizadas em associação com cultivos agrícolas ou animais, na mesma área, de maneira simultânea ou em uma sequência temporal (Montagnini, 1992 appud ABDO et al.,2008) Segundo ENGEL (1999), é um sistema agropecuário diferenciado por ter um componente arbóreo ou lenhoso, o qual terá papel importante em sua estrutura e função.
Esses cultivos podem ser divididos em três tipos: Sistemas Agrossilviculturais, cultivos agrícolas e árvores, incluindo arbustos e/ou trepadeiras; Silvipastoris, pastagens e/ou animais e árvores e Agrossilvipastoris, cultivos agrícolas, pastagens e/ou animais, e árvores, de acordo com terminologia proposta por Daniel et al. (1999).
Para Gliessman (2000) citado por Caporal & Costabeber (2004) existe três níveis fundamentais no processo de implantação ou conversão para agroecossistemas sustentáveis. O primeiro se refere ao incremento da eficiência das práticas convencionais para reduzir o uso e consumo de insumos externos danosos, caros e escassos. O segundo nível da transição se refere à substituição de insumos e práticas convencionais por práticas alternativas. O terceiro e mais complexo nível seria o redesenho dos agroecossistemas, para que estes funcionem com base em novos conjuntos de processos ecológicos.
Paula e Paula (2003) cita várias vantagens do sistema agroflorestal. Em termos biológicos, físicos e ambientais tem-se: melhoria da propriedades físicas, químicas e biológicas do solo; aumento da produtividade; controle da erosão do solo; redução da variáveis microclimáticas; redução do risco de perda de produção; tutor ou suporte para trepadeiras; uso adequado do sombreamento. Já as vantagens econômicas e sociais cita-se: aumento da renda do produtor rural; maior variedade de produtos e (ou) serviços; melhoria na