Agroecologia

CONTRIBUIÇÃO PARA O DEBATE DA AGROECOLOGIA DA FEAB Atualmente, o sistema de produção do campo brasileiro está baseado no agronegócio. O agronegócio, por sua vez, se configura como a proposta do capitalismo para o modelo de produção agrícola, sendo baseado na produção de commodities para exportação (soja, cana, celulose, citrus e pecuária), estruturado em grandes concentrações de terras monocultoras, que promovem a exploração e esgotamento dos recursos naturais, exploração do trabalho, gerando conflitos no campo. O agronegócio é o modelo hegemônico e sustenta a economia do país, não contemplando as necessidades do povo e sim, do capital. Os movimentos organizados lutam contra esse modelo explorador e propõe a agroecologia como base ideológica, política e técnica para a produção e organização do campo brasileiro. A federação vem acumulando no debate de agroecologia ao longo do processo de lutas e relações com demais movimentos. Identificamos que o primeiro grande debate necessário é a diferenciação da agroecologia com a agricultura alternativa. A agricultura alternativa não está alicerçada em princípios de mudança de sociedade, é um conjunto de técnicas que não contestam a estrutura agrária capitalista, por exemplo, o caso dos orgânicos, que já foram apropriados pelo mercado. Diferente das agriculturas alternativas, que se baseiam somente na ciência acadêmica, a agroecologia também se nutre do movimento camponês, do saber empírico e popular, temos que resgatar na agroecologia os valores da agricultura em harmonia com a natureza e com o povo. A ciência contribui para avançarmos na construção da agroecologia, mas temos que considerar que o saber popular é o que dá elementos práticos pra construção dela. A ciência e o saber popular devem caminhar juntos. A agroecologia assume um caráter revolucionário da forma como pautamos, pois nela está contida uma série de princípios que alteram diretamente o modelo capitalista de organização da produção e do