Agregados alternativos para o concreto - EVA
O aparecimento do EVA (Etileno Acetato de Vinila) na indústria calçadista se deu quando o couro, até então material mais usado para fabricação de calçados, teve seu preço elevado devido a sua escassez. Combinado as suas várias formas e cores, o EVA ganhou o mercado com seu preço competitivo.
Durante a fabricação do calçado, geram-se resíduos de retalhos inevitáveis das placas expandidas oriundos do processo de obtenção dos formatos dos calçados (corte) e possíveis refugos de solado, entressola ou palmilha do calçados e os resíduos em forma de pó oriundo do lixamento do calçado na fase de acabamento.
Resíduo em forma de aparas Resíduo em forma de pó
Por outro lado, a indústria calçadista, após passar por um período de grande dificuldade por ter falta de um gerenciamento mais adequado de seus resíduos, percebeu nos resíduos de EVA , resultantes do processo de fabricação de solados e palmilhas, a oportunidade de reutilizá-los através de outras indústrias. Estes resíduos apresentam dois tipos de classificação segundo a Ambiente Brasil (2006):
• Pós–industriais: os quais provem principalmente de refugos de processos de produção e transformação, aparas, rebarbas, entre outros;
• Pós–consumo: São descartados pelos consumidores.
Os resíduos de EVA são considerados de natureza plástica, portanto sua decomposição demora em torno de 450 anos de acordo com Ambiente Brasil (2006).
Caracterizados por sua baixa densidade, esses resíduos necessitam de depósitos cada vez maiores para suportar a geração de seus grandes volumes. Muitas indústrias o depositam em áreas a céu aberto, e isto causa vários problemas ambientais, como poluição visual, proliferação de insetos e pequenos animais, além de existir uma ameaça constante de combustão do material. Segundo este mesmo autor, algumas indústrias vêm jogando esses resíduos em depósitos clandestinos, escondidos em