Agnose visual

599 palavras 3 páginas
O homem que confundiu a mulher com um chapéu.

O paciente chamado Dr. P, foi cantor e mais tarde começou a dar aulas de música. Nalgumas aulas quando um aluno intervinha não o reconhecia mas assim que este começava a falar reconheci-a pela voz; quando passava na rua fazia festas a bocas-de-incêndio, convencido que estava acariciar uma criança; outras vezes dirigia-se educadamente a candeeiros e ficava admirado por não receber resposta. Mas as suas aptidões musicais continuavam deslumbrantes. Como os seus enganos eram tão ridículos, não eram levados a serio e para o Dr. P estava tudo bem. Só se apercebeu que algo não estava bem quando apareceram as diabetes, pois sabia que podia afecta a visão. Consultou um oftalmologista que lhe disse que estava tudo bem com os seus olhos, mas que havia algum problema com as suas áreas visuais. Assim foi ter com um neurologista, Oliver Sacks. Ao fazer-lhe uma serie de exames, como dos seus reflexos deve de descalça-lo e reparou que depois esteve imenso tempo para se calçar. E decidiu perguntar-lhe:
«Posso ajuda-lo?»;
«Ajudar quem? A fazer?»
«Ajuda-lo a por o sapato!» Esclareceu o neurologista.
«Ah. Tinha-me esquecido.»
Baralhado O Dr. P disse:
«Mas isto é o meu sapato?»
Confuso o neurologista nem deve resposta. E o paciente apontou para o pé e repetiu:
«Isto é o meu sapato, não é?»
«Não, isso é o seu pé. O seu sapato está ali»
Baralhado ajudou-o a calçar e continuou com os exames. Mostrou uma fotografia do deserto do Saará e perguntou-lhe o que vi-a e este disse que vi-a guarda-sóis, uma pousada e um rio. Os teste terminaram o Dr. P prepara-se para ir embora e começa á procura do seu chapéu, até que tenta levantar a cabeça da mulher para a por em cima da sua cabeça. Assim a origem do título do capítulo e do livro.
Dias mais tarde o Dr. Sacks decide ir visitar o Dr. P a sua casa. Logo que entra depara-se com enumeras fotografias e lhe pergunta quem são as pessoas. O Dr. P não reconhece ninguém. Nem amigos, nem familiares, nem

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