AFRICANIDADES

JOSIANE

ATIVIDADE 01 - AFRICANIDADES PARANAENSES

Negros são mais atingidos pelo desemprego

Pesquisas da Agência do Trabalhador revelam que o número de negros que entram para o mercado de trabalho em Curitiba é quase duas vezes menor que o de brancos. O fato de o Brasil ser o segundo país com a maior população negra no mundo não pode ser facilmente compreendido se considerarmos a situação do mercado de trabalho atual. Em todos os estados, especialmente nas regiões metropolitanas do país, existe uma baixa quantidade de negros em setores elitizados. O problema acontece também no ingresso nas universidades. Mesmo com a implementação das cotas, o mecanismo não é o bastante para superar as desigualdades raciais. Apenas 2% das vagas das universidades públicas são ocupadas por afro-descendentes, distribuídas em sua maioria em três cursos: letras, pedagogia e enfermagem. O problema da discriminação racial também acontece no Paraná. Pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram uma realidade precária enfrentada pelos negros no mercado de trabalho paranaense. Segundo o IBGE, apenas 57% da população de Curitiba está oficialmente empregada. Já nas universidades, as estatísticas são assustadoras: apenas 1,75% de negros frequentam uma universidade. O percentual de estudantes em universidades inclui cursos de graduação e mestrado ou doutorado. Pesquisas realizadas no período de janeiro a abril de 2009 pela Agência do Trabalhador, em Curitiba, revelam que o número de negros que entraram para o mercado de trabalho no período das pesquisas é quase duas vezes menor que o número de brancos. Segundo a pesquisa, entre janeiro e abril, 10.753 negros entraram para o mercado de trabalho, o que corresponde a 24,51% de todos os recém-empregados, contra 28.580 brancos, que correspondem a 65,15% dos trabalhadores. A pesquisa também revelou que outras raças (pardos, índios e amarelos) somam 2.942 novos