aflshflhdfl

480 palavras 2 páginas
Livros e Artigos Educação Infantil

1- ABRAMOWICZ, Anete. A pesquisa com crianças em infâncias e a Sociologia da Infância. Cap. 1 IN: FARIA Ana Lúcia Goulart de; FINCO, Daniela (Orgs.). Sociologia da Infância no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 2011 (Coleção Polêmicas do nosso tempo).

Invenção é a expressão que remete ao capítulo 1, "A pesquisa com crianças em infâncias e a Sociologia da Infância", de autoria de Anete Abramowicz. Reflete sobre o que vê uma criança quando olha a cidade, a instituição e sobre como a busca de compreender esse olhar de criança tem suscitado pesquisas e polêmicas. Esse olhar da criança vai permitir a análise de dois conceitos complexos: tempo e infância.
Afirma Abramowicz que o tempo da criança é o tempo do presente, que ela é contemporânea. É um presente do qual o adulto não faz parte, que ele desconhece. A criança, por sua vez, não é apenas presente: também é passado, onde se inscreve e é inscrita. Ou seja, ao chegar ao mundo, a criança habitará um tipo de infância reconhecida pelo grupo que a cerca, com suas marcas de gênero, raça, sexualidade, dentre outras. Todavia, não fica presa a essas amarras: se subjetiva, cria e recria, contrapõe-se, experimenta, no movimento que a SI nomina como "processo de autoria social" (p. 20). É a criança, ao mesmo tempo, universal, individual, singular. E, nas dobras e desdobras daquilo que não sabemos – e não somos –, a infância se revela na possibilidade de o mundo ser outro, ser novo. As pesquisas com crianças devem remeter a esse novo, à inventividade, e inserem-nos num movimento político: lidamos com um "povo de traços específicos", no saber de Deleuze, "um povo que falta, que ainda não existe, o povo a ser inventado" (p. 22).
A fala e a agência das crianças promovem inversão hierárquica no discurso estabelecido: se a criança fala, é como o subalterno falar, os excluídos falarem. A SI, ao tomar a criança e sua infância como lugar de suas pesquisas, cria campo teórico para

Relacionados