Afinal de contas, quem é o "nóia"?
Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti. Friedrich Nietzsche
Nas últimas semanas tenho percebido que a atenção das mídias, televisiva e escrita, têm se voltado para a droga da atualidade – o CRACK. O crack é a cocaína na sua forma mais destrutiva – apelidado pelos próprios consumidores de “raspa da canela do diabo”, droga maldita! O número de consumidores dessa droga avança assustadoramente, exatamente, por seu “barato” atingir rapidamente os órgãos sentivos. Segundo informações da Polícia Militar (PM), toma conta de setores distribuídos em todas as regiões da cidade e, cada vez mais, em áreas residenciais. “Hoje não há um bairro específico em que o consumo e o tráfico do crack sejam mais observados”, atesta o major Sanderson Arruda, comandante da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM). O jornal O POPULAR publicou recentemente reportagem que confirma o avanço do crack apontado pela PM. A reportagem mostra que explode, em Goiânia, a quantidade de crianças atendidas na rede pública de saúde por causa do vício na droga e revela mudança no perfil dos menores que são usuários da droga. Muito bem, afinal de contas, quem é o “nóia”? Na tentativa de refletir um pouco sobre a pessoa do consumidor do crack busquei socorro na obra “Nóia – O poder tentador de nossas fraquezas”, nesta João Blota conta de forma objetiva e direta sua experiência no mundo das drogas que vai de seu nascimento, até a dolorosa saída do fundo do poço, quando, finalmente, renasce. O livro é escrito pelo publicitário e escritor Rafael Júnior. Hoje, João Blota é um pai de família dedicado à esposa e aos dois filhos. Cresceu profissionalmente e tornou-se um empresário bem sucedido, dono de uma agência de propaganda.