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A Psicologia escolar era considerada uma área secundária da Psicologia até muito recentemente. Era vista como relativamente simples por, supostamente, não requerer muito preparo ou experiência profissional. Era desvalorizada dentro das escolas e considerada dispensável, já que não era prevista ou regulamentada por lei, tal como os serviços de orientação educacional ou supervisão escolar. Essa perspectiva equivocada e inadequada pode ter se originado no fato histórico de que a área escolar foi caracterizada como um desmembramento da área clínica, como se fosse uma Psicologia Escolar clínica. Contudo, a realidade é que há um amplo leque de possibilidades de atuação que vem evoluindo de acordo com as complexas demandas da educação brasileira.
Atualmente, é possível perceber que as necessidades educacionais indicam a existência de um crescente campo de trabalho para o psicólogo nas instituições educacionais. A necessidade do trabalho em equipe interdisciplinar deve ser destacada, pois impõe-se ser reconhecida como uma tarefa de aprimoramento do espaço educativo, onde a atuação do psicólogo se dá não só na dimensão psicoeducativa como também na dimensão psicossocial da instituição escolar.
A interdisciplinaridade na escola é um fator essencial para possibilitar uma efetiva construção da sabedoria. É algo que deve ocorrer também dentro da sala de aula, onde os professores aproximam suas disciplinas potencializando o conhecimento adquirido do aluno e significando o seu aprendizado, que deve ter como premissa o prazer e o sentido.
Segundo o dicionário de Psicologia, motivação é um estado subjacente inferido que energiza o comportamento, provocando a sua ocorrência. Dessa forma, a motivação escolar se tornou uma área de investigação que permite explicar, prever e orientar a conduta do aluno no contexto escolar (Gutiérrez, 1986). Tem sido também um termo muito utilizado para justificar êxitos ou fracassos de alunos. Muitos professores colocam a alegada “falta de