Adolescência e Criminalidade

Adolescência e Criminalidade: a vida como ela não deveria ser O Estatuto da Criança e do Adolescente no Art. 3º prescreve que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral, assegurando-lhes por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social em condições de liberdade e dignidade e ainda, no Art. 4º, que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, alimentação, educação, esporte, ao lazer à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Embora seja uma garantia legal, sabemos que na prática, na maioria das vezes isso não acontece. Primeiro porque as famílias atualmente não se configuram mais nos moldes de décadas atrás. Muitas delas estão dilaceradas pela falta de estrutura ética, moral, afetiva, psicológica e material. Outras tantas sequer estão preparadas para educar uma criança ou adolescente, uma vez que, também elas não tiveram uma educação voltada para o pleno desenvolvimento físico, emocional, social, baseada em valores éticos, morais e, sobretudo, com afeto. Quantas gerações passaram da infância para a fase adulta sem que houvesse um olhar mais sensível para essa fase de mudanças que causam tantos traumas, frustrações, medos?

Será que a educação que tivemos nos transformou em adultos psicologicamente saudáveis? Ao que tudo indica não. Isso porque, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, estudo revela que o Brasil é o país com o maior índice de pessoas com depressão no mundo. Somos adultos nervosos, ansiosos, fóbicos, inconstantes. Tomamos remédio para dormir e energético para permanecer longas horas sem dar ao nosso corpo e à nossa mente o descanso necessário. E queremos que crianças e