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Utilizar somente o método do mark-up, apesar da sua simplicidade, pode acarretar em prejuízos
Quando se precifica um produto ou serviço no varejo, deve-se atentar para duas formas de se fazer a precificação: margem bruta ou o mark-up. Mas qual é a melhor? E o que significa cada uma delas?
É importante ter os dois conceitos claros para não se incorrer em erros que podem levar a uma queda na lucratividade geral da loja ou até em prejuízos.
Mark-up
Mark-up é o percentual que é colocado sobre o custo da mercadoria para se chegar ao preço de venda. No exemplo abaixo, temos:
Preço de custo da mercadoria (sem IPI): R$ 4,00
IPI (10%): R$ 0,40
Percentual de mark-up desejado: 30%
Preço de venda: (4,00 + 0,40) x (1+30%) = R$ 5,72
Margem Bruta
Margem bruta ou margem de contribuição, por sua vez, é o lucro efetivo que se tem com a venda de um produto a partir de um determinado preço de venda. No exemplo abaixo, temos:
Preço de custo da mercadoria (sem IPI): R$ 4,00
IPI (10%): R$ 0,40
ICMS de entrada (18%): R$ 0,72
PIS e COFINS (1,65% + 7,6% = 9,25%): R$ 0,37
Preço de custo líquido da mercadoria: 4,00 + 0,40 – 0,72 – 0,37 = R$ 3,31
Para o mesmo preço de venda, de R$ 5,72, temos:
Preço de venda bruto da mercadoria: R$ 5,72
ICMS de saída (18%): R$ 1,03
PIS e COFINS (1,65% + 7,6% = 9,25%): R$ 0,53
Preço de venda líquido da mercadoria: 5,72 – 1,03 – 0,53 = R$ 4,16
Portanto, a margem bruta que o varejista terá será a seguinte:
Margem bruta = (preço de venda líquido - custo líquido) / preço de venda líquido
Margem bruta = (4,16 – 3,31) / 4,16 = 20,43%
Margem Bruta x Mark-up x Despesas
No exemplo dado acima, a diferença entre o mark-up e a margem bruta é bastante significativa, enquanto que o primeiro foi de 30%, a segunda ficou ligeiramente superior a 20%.
Mas que tipo de implicação existe se um varejista utilizar apenas o mark-up?