Adeus ao trabalho?

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
DISCIPLINA: Sociologia do Trabalho
PROFESSOR: Ivan Penteado Dourado

ADEUS AO TRABALHO?

ROCHANA GALLINA

BENTO GONÇALVES, 23 DE NOVEMBRO DE 2011. Ricardo Antunes de Abreu, nascido em 1965 é professor de Sociologia da UNICAMP, fez concurso para titular em sociologia do trabalho, fez mestrado em ciências políticas e doutorado em sociologia pela USP e é pesquisador do CNPq. No capítulo intitulado “Fordismo, Toyotismo e Acumulação Flexível”, Ricardo Antunes discute as transformações ocorridas no mundo do trabalho e seus impactos sobre a classe de trabalhadores e que essa classe sofreu a mais forte crise deste século. Mostra que não existe apenas o fordismo e o taylorismo, a estes juntam-se a “acumulação e a especialização flexíveis” e o “toyotismo”, sendo este a forma de exploração da mão de obra mais atual para se obter resultados melhores. A especialização flexível tem a Terceira Itália como experiência concreta, possibilitando uma nova forma produtiva que usa o desenvolvimento tecnológico com uma desconcentração produtiva baseada em pequenas e médias empresas. Conforme expande, esse processo supera o padrão fordista que até o momento era dominante. Se a experiência de especialização flexível, a partir do ocorrido na Terceira Itália trouxe tantas conseqüências, porém foi o toyotismo que causou maior impacto. O toyotismo foi introduzido na indústria automobilística, a partir da experiência do ramo têxtil, fazendo com que um trabalhador opere várias máquinas ao mesmo tempo, aumentando a produção sem aumentar o número de trabalhadores, este processo também importou dos supermercados as técnicas de gestão, que deu origem ao “kanban”, ou seja, repor os produtos somente depois da venda. O “kanban” foi expandido para as empresas subcontratadas e fornecedores. O sindicalismo japonês foi combatido pelo toyotismo e aproveitando a desestruturação do