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1. Brasília, ideologia e realidade. Espaço urbano em questão.

Para que Brasília fosse a atual capital do Brasil, diversas mudanças ocorreram no cenário nacional desde a época da colônia. Antes de Brasília, Salvador e Rio de Janeiro foram capitais, respectivamente, cada uma delas outorgada de acordo com as necessidades político-econômicas que eram visadas em sua época. A primeira surgiu para servir como um ponto de controle de um território recém colonizado, além ser localizada em uma região produtora da maior riqueza explorada na época, o açúcar. A segunda se tornou importante após a crise do açúcar no cenário mundial, a descoberta de metais preciosos em sua proximidade e também da importância de seu porto. Ambas atenderam seu propósito até que outras necessidades foram começando a aparecer, dentre elas e mais importante, a interiorização do país, que ''vivia" em sua maioria esmagadora nos litorais. Ainda no século XVI sugestões para realocação da capital para o interior já eram ouvidas e no século XVII o nome "Brasília" já estava sendo mencionado. Com o passar dos anos, mais motivos foram sendo agregados à lista de acordo com as necessidades da época, isso quer dizer que por muitos séculos a vontade de criar uma capital no interior já era bem vinda não apenas por uma questão econômica, mas também por questões políticas, sociais e de segurança nacional, até que sua construção foi constada na constituição federal e enfim executada no século XX. Criada de acordo com as idéias modernistas de Le Corbusier, Niemayer e Lucio Costa, onde a forma segue a função, Brasília veio gerar melhorias para todo um cenário nacional de desgaste econômico, político e por que não social. Em seus moldes mais primários, a concepção de Brasília era um sucesso porém a realidade mostrou sua real face, seu planejamento não foi suficiente. A começar pela sua execução, que trouxe uma grande diferença social, através de um capital de segregação, onde os operários, que eram mantidos

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