Aconfissão de leontina

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Inicialmente convém ponderar a infância sofrida e repleta de limitações vivida por Leontina Pontes dos Santos.
Leontina quando criança morou em Olhos d’Água, em uma casa muito humilde, com sua mãe, a irmã com retardo mental e Pedro, um primo acolhido por sua mãe devido à promessa feita à irmã em seu leito de morte.
Viviam do mínimo, em vista das condições financeiras, e o que entrava era direcionado ao primo que manifestava o sonho de ser médico importante e apregoava um retorno logo que realizasse o sonho.
Entrementes, Leontina vivia das sobras sem reclamar, sempre ajudando a mãe com os afazeres do lar e por vezes exercendo papel de mãe fazendo a comida e cuidado da casa, enquanto a mesma saía para lavar roupa a fim de obter algum sustento para a família.
Infelizmente a sorte não foi companheira de Leo e por volta dos 14 anos sua mãe foi arrancada do seio familiar e sucessivamente sua irmã.
O sofrimento persistiu na vida de Leontina e logo, seu primo, que outrora prometia melhores condições àquela família, a abandonou, fazendo-a ainda vender tudo que restou em casa para que o valor arrecadado pudesse suprir-lhe as necessidades por curto tempo na cidade, para onde iria.
Por volta dos 18 anos Leo resolve ir para São Paulo, após alguns anos trabalhando em casa de dona Gertrudes.
Convém ressaltar que ao chegar à cidade a moça mantinha a inocência e desapego à vida, ao passo que a simples conversa de um marinheiro deu causa a um relacionamento sem futuro e, em virtude de uma oferta de casa e comida Joana, como ele a chamava, consente e provisoriamente vive como se casada fosse, devendo cumprir as obrigações de mulher, ainda que tais obrigações não lhe causassem prazer algum, pelo contrário sempre lembrava de seu pai sem saber os reais motivos.
Como se depreende da natureza de marinheiro, Rogério a abandona, obrigando-a a buscar sustento da forma que lhe aprouver e como se sabe Leontina nada sabe fazer que lhe dê sustento e segue a vida com o que

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