ACERVO ARQUITETÔNICO - ART DÉCO

944 palavras 4 páginas
“... linhas cruas e secas, cimento armado e ferro, ousadia de varandas avançando sem apoio, em balanço de concreto, terraços em vez de telhados, tudo geometricamente simples. Simples? Era a moda. Os arquitetos locais aderiam a ela. Brotava uma nova literatura arquitetônica.” (João Alphonsus, 1935).

Belo Horizonte possui um precioso acervo arquitetônico art déco. No período compreendido entre as duas guerras mundiais, um estilo inovador se espalhou por todo o mundo – era o art déco - uma nova concepção de arquitetura que foi adotada para as mais diversas construções, prédios públicos, residências, cinemas, fábricas, arranha-céus e outros.

O novo estilo valorizava, na sua estética, a abstração, a linha, a forma, o volume e a cor, sendo fortemente influenciado pelo cubismo, futurismo e pela redescoberta da arte primitiva. O estilo se aproveitou dos benefícios e novidades da industrialização, bem como das novas técnicas construtivas como as armações de ferro e o concreto, que foram importantes para a grande predominância das linhas geométricas das fachadas déco.

O art déco foi introduzido em Belo Horizonte por arquitetos italianos. O grande destaque é para Raffaello Berti, responsável pelas principais construções do estilo, que acabou ganhando o termo regional de “pó de pedra”, devido ao revestimento das paredes levar uma grande quantidade de mica. Outros arquitetos adeptos do estilo foram: Romeu de Paoli, Ângelo Murgel e Luis Pinto Coelho.

A influência das artes primitivas pode ser observada nos edifícios com nomes indígenas, a exemplo das figuras indígenas na fachada do edifício Acaiaca e dos desenhos marajoaras da pavimentação da praça Raul Soares. Existem ainda pequenos prédios na área que compreende as ruas Caetés e Guarani, avenida Paraná e avenida Olegário Maciel, que são de forte influência do estilo déco. Alguns destes prédios sofreram algumas descaracterizações, principalmente em decorrência dos letreiros das casas comerciais, mas

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